JornalDentistry em 2025-4-29
Nos últimos anos, a profissão de médico dentista tem enfrentado em Portugal uma crescente pressão estrutural, refletida de forma clara no Diagnóstico à Profissão 2024, promovido pela Ordem dos Médicos Dentistas.
De acordo com este estudo, apenas 14% dos inquiridos declaram estar muito satisfeitos com a profissão, e mais de 28% não voltariam a escolher medicina dentária se pudessem voltar atrás.
Estes números, por si só, já revelam um mal-estar generalizado entre os profissionais, com impacto direto na qualidade de vida, nas perspetivas de futuro e na motivação profissional.
Entre os principais fatores identificados estão a remuneração instável e frequentemente abaixo do expectável, a precariedade contratual, a ausência de valorização institucional, e a crescente pressão dos seguros e planos de saúde, que
condicionam o exercício clínico autónomo.
Este cenário coloca a classe profissional perante um dilema real: adaptar-se a um sistema que não reconhece devidamente o seu valor, ou procurar alternativas — seja
através da emigração ou da criação de um projeto próprio em Portugal.
É neste contexto que a decisão entre empreender ou emigrar se impõe, exigindo reflexão estratégica, apoio especializado e, sobretudo, acesso a informação clara
e realista sobre o que é possível construir dentro de portas.
Iniciar um projeto clínico com base numa ideia vaga ou como solução provisória é, muitas vezes, o primeiro passo para um percurso marcado por dificuldades e frustração.
Abrir “só para começar” — sem planeamento estruturado — tende a gerar problemas logo nas fases iniciais, com impacto duradouro na estabilidade e no sucesso do negócio.
Por onde começar?
Antes de dar o passo de criar uma clínica própria, é essencial refletir de forma estratégica e responder a um conjunto de perguntas fundamentais que irão sustentar a viabilidade e o posicionamento do projeto. Estas são algumas das principais questões que devem ser ponderadas:
Visão clínica e proposta de valor
Que valências e especialidades pretendo oferecer? O projeto será focado exclusivamente em medicina dentá- ria ou incluirá outras áreas complementares? Dentro da medicina dentária, haverá foco em alguma especialidade específica?
O que desejo proporcionar aos meus utentes? Que tipo de experiência quero criar? Como pretendo cativar, fidelizar e acompanhar os meus utentes ao longo do tempo?
Qual será a proposta de valor do meu projeto? O que o torna único ou diferenciador? Trata-se de uma inovação nos serviços, na abordagem clínica, na tecnologia ou
outra?
Equipa e funcionamento
Que equipa clínica e técnica quero formar? Com quem me imagino a trabalhar todos os dias? Que perfis profissionais valorizo, tanto do ponto de vista técnico como
humano?
Como será feita a articulação entre os diferentes elementos da equipa? Pretendo constituir uma equipa fixa com vínculos contratuais estáveis ou desenvolver um modelo mais flexível, onde cada profissional atua com autonomia, e eu assumo o papel de fornecedor de condições e recursos?
Investimento e sustentabilidade financeira
Investimento inicial e custos mensais – Quanto será necessário investir no arranque e quais os encargos fixos associados ao funcionamento da clínica?
Ponto de equilíbrio – Em quanto tempo espero recuperar o investimento inicial e atingir estabilidade financeira?
Projeção de rendimento – Qual o rendimento que pretendo alcançar a médio e longo prazo, de forma realista e consistente, tendo em conta a curva de crescimento do
negócio?
Localização e espaço físico
Onde faz sentido implementar o meu projeto? Que zonas geográficas oferecem oportunidades reais, seja por falta de oferta, perfil da população ou sinergias locais?
Que tipo de espaço preciso? Que área, infraestrutura e requisitos técnicos são indispensáveis para garantir conforto, funcionalidade e conformidade legal?
Responder a estas questões permite transformar uma boa intenção num projeto sólido, com bases reais e sustentáveis. E, tal como em qualquer ato clínico, um bom diagnóstico é o primeiro passo para um resultado positivo.
A definição do espaço físico — área, layout, requisitos técnicos e legais —é uma das decisões mais críticas na fase inicial de qualquer projeto. Um erro nesta etapa pode traduzir-se em custos elevados, atrasos no licenciamento ou limitações operacionais futuras. É precisamente aqui que o apoio especializado da MedSUPPORT faz a diferença.
Desenvolver um projeto clínico vai muito além da estética de uma sala de espera bem decorada. Trata-se, acima de tudo, de criar um espaço funcional, seguro e conforme com a regulamentação em vigor — um espaço que responda às exigências do presente, mas que esteja também preparado para crescer e adaptar-se às mudanças futuras, sejam elas clínicas, técnicas ou regulamentares.
É essencial que quem empreende conte com apoio nas suas reflexões e decisões iniciais. Levantar as questões certas desde o início permite abrir caminho a novas ideias, clarificar objetivos e construir não apenas um projeto sustentável, mas verdadeiramente bem-sucedido.
Num momento em que proliferam no mercado clínicasdentárias disponíveis para venda ou trespasse, é fundamental que o empreendedor mantenha uma visão crítica e bem informada. A ideia de adquirir uma “clínica já licenciada” pode parecer, à partida, uma solução mais económica e simples, mas nem sempre corresponde à realidade. Embora uma carteira de utentes ativa represente, sem dúvida, uma mais- -valia, o licenciamento de uma unidade de saúde está associado à entidade exploradora e pequenas mudanças podem inviabilizar o averbamento, exigindo um novo processo de licenciamento.
Em muitos casos, adaptar um espaço existente pode implicar um investimento semelhante ao de abrir uma clínica de raiz. Cada situação deve ser cuidadosamente analisada antes de assumir compromissos, e o apoio técnico nesta fase pode evitar surpresas dispendiosas.
A MedSUPPORT presta este apoio individualizado com uma metodologia própria que tem como base a Engenharia Clínica e que também desenvolve soluções estéticas
únicas, originais e com design várias vezes premiado. Se empreender está no seu horizonte, saiba que fazê-lo sem apoio pode comprometer a solidez do projeto e dar origem a fragilidades que, muitas vezes, só se revelam quando já é difícil recuar
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