JornalDentistry em 2025-4-25

EDITORIAL

Um quarto de século como Dentista

Quando chegamos a abril, diria que já passámos a metade da “busy season”. Sinto que os três primeiros meses do ano são semprenmais duros, mais atarefados, as semanas mais cheias e o tempo de trabalho pende constantemente para o desequilíbrio entre ele e o do lazer, da família, de crescimento pessoal.

Célia Coutinho Alves, DDS, PhD, médica dentista doutorada em periodontologia.

Há quem diga que, com a experiência, vem também a sabedoria de equilibrar melhor a agenda profissional. A verdade é que 25 anos de médica dentista têm-me ensinado que é mesmo importante pôr em prática a regra dos três “D”: Do, Delegate, Delete.

Quando começamos a ser médicos dentistas, metade na nossa atividade profissional é feita de aprendizagem. O fazer, fazer muito, treinar constantemente aprimora a técnica, que nesta profissão é fundamental.

Mas quando a mão já tem treino, a visão do todo, o balanço entre intervir ou esperar, entre ser minimamente invasivo ou resolver a situação, passa a ser decisivo na prática diária. Somos chamados a decisões mais difíceis, a intervenções mais complexas, a ocupar lugares de decisão ou de representação de mais responsabilidade. Nessa altura, saber distinguir entre aquilo que temos mesmo de ser nós a fazer, os “Do”, daquilo que devemos “Delegar” e, sobretudo, daquilo que tem de ser apagado,
“Delete”, é fulcral.
Saber delegar é, na minha opinião um ato de altruísmo e de fé. Quase como quando se está a educar um filho para que um dia, sem nós podermos ajudar, ele possa tomar as decisões certas e chamar a si os valores que lhes transmitimos. Delegar é saber que o que vai ser feito, vai ser feito, muito provavelmente duma forma diferente da que nós faríamos, e muitas vezes melhor do que nós faríamos.

Mas a essência do equilíbrio desta regra está no último “D” de “Delete”.

Saber o que retirar da agenda, o processo que está a mais, o caminho que já não nos serve, a reunião que não acrescenta, o papel que não nos motiva e para o qual não damos o melhor de nós. Saber dizer não àquele convite numa semana de trabalho mais intensa, apagar da agenda aquele evento, aquela tarde de consultas, é um ato de respeito. Para connosco quando chegamos a abril, diria que já passámos a metade da “busy season”. Sinto que os três primeiros meses do ano são sempre mais duros, mais atarefados, as semanas mais cheias e o tempo de trabalho pende constantemente para o desequilíbrio entre ele e o do lazer, da família, de crescimento pessoal. Há quem diga que, com a experiência, vem também a sabedoria de equilibrar melhor a agenda profissional. A verdade é que 25 anos de médica dentista têm-me ensinado que é mesmo importante pôr em prática a regra dos três “D”: Do, Delegate, Delete.

Quando começamos a ser médicos dentistas, metade na nossa atividade profissional é feita de aprendizagem. O fazer, fazer muito, treinar constantemente aprimora a técnica, que nesta profissão é fundamental.

Mas quando a mão já tem treino, a visão do todo, o balanço entre intervir ou esperar, entre ser minimamente invasivo ou resolver a situação, passa a ser decisivo na prática diária. Somos chamados a decisões mais difíceis, a intervenções mais complexas, a ocupar lugares de decisão ou de representação de mais responsabilidade. Nessa altura, saber distinguir entre aquilo que temos mesmo de ser nós a fazer, os “Do”, daquilo que devemos “Delegar” e, sobretudo, daquilo que tem de ser apagado,
“Delete”, é fulcral.

Saber delegar é, na minha opinião um ato de altruísmo e de fé. Quase como quando se está a educar um filho para que um dia, sem nós podermos ajudar, ele possa tomar as decisões certas e chamar a si os valores que lhes transmitimos. Delegar é saber que o que vai ser feito, vai ser feito, muito provavelmente duma forma diferente da que nós faríamos, e muitas vezes melhor do que nós faríamos.

Mas a essência do equilíbrio desta regra está no último “D” de “Delete”.

Saber o que retirar da agenda, o processo que está a mais, o caminho que já não nos serve, a reunião que não acrescenta, o papel que não nos motiva e para o qual não damos o melhor de nós. Saber dizer não àquele convite numa semana de trabalho mais intensa, apagar da agenda aquele evento, aquela tarde de consultas, é um ato de respeito. Para connosco

 

 

Célia Coutinho Alves, Médica Dentista Especialista em Periodontologia pela OMD, Doutorada em Periodontologia pela Universidade Santiago de Compostela

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OJD 127 ABRIL 2025

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